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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

CRIANÇA GOSTA MESMO É DE BRINCAR

A Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) lançou uma campanha de “mudança de hábito” na segunda metade da década de 80, com um objetivo bastante particular e louvável que era o de convencer o público adulto de que brinquedos não são artigos supérfluos. Isso, na época, alavancou as vendas em todo o setor, promovendo a indústria do ramo que deu manutenção ao parque fabril nacional.

A campanha "Criança gosta mesmo é de brinquedo" tratou com muita propriedade de uma reação infantil ao não receber brinquedos em seu aniversário. Os adultos costumeiramente não achavam certo isso. Era comum dar roupas, material escolar, sapatos e livros... Produtos considerados úteis.

Ignoravam os adultos da época que:

A criança, ao brincar, não se preocupa com os resultados, pois o prazer em jogo possibilita-lhe agir livremente diante das atividades exploradas. Essa cultura lúdica deve ser por demais cultivada durante as aulas, para que possamos oportunizar uma flexibilidade do brincar que muitos autores denominam de momentos de futilidade ou atos sem consequência. A criança, ao brincar, tem a possibilidade de ludicamente solucionar os problemas que lhe são apresentados (BRUNER, 1978).

O ato e a função do brincar não está exatamente no brinquedo, ou no material usado, mas sim na atitude subjetiva que a criança demonstra na brincadeira e no tipo de atividade exercida. Essa vivência é carregada de prazer e satisfação. É justamente a falta desse prazer ou dessa satisfação que pode acarretar na criança alguns distúrbios de comportamento.

Na brincadeira ela se sente segura. Ela está no mundo da fantasia onde tudo é possível. Não existem perigos. Através do brincar ela pode ressignificar conteúdos. A brincadeira permite seu desenvolvimento em vários aspectos desde o emocional, cognitivo, social, financeiro...

Lembro sempre da frase: "Amadurecer é reconquistar o mesmo sentido de seriedade que tínhamos, quando crianças, ao brincar" do Nietzsche.

Até hoje perdura o conceito da década de 80. Mas dar apenas o brinquedo, não resolve. Tem de participar. Multiplicar e dividir. Então, pegue a sua criança e brinque, brinque com outras crianças que podem estar dentro de sua casa, na vizinhaça, numa praça, até mesmo num shopping. Criança gosta mesmo é de brincar!

Dicas:

Em Fortaleza, no dia 12 de outubro, na área verde do estacionamento do Shopping Iguatemi, todas as crianças e pais estarão convidados para participar da Revoada de Pipas.

No Recife as crianças que visitarem o Horto de Dois Irmãos vão conhecer os novos moradores do local. É que chegaram sábado dois tigres siberianos, de 5 e 6 anos trazidos do Zoológico de Americana, em São Paulo. A vinda dos novos animais é um presente de Dia das Crianças. Também foi programada uma série de atividades especiais para marcar a data.

3 comentários:

  1. Por isso só dou brinquedo pra minha sobrinha, mesmo q seja brinquedo de R$3,00.

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  2. Muito bom o Post, bem lembrado, o adulto tem que se envolver. Alguns pais aproveitam o final de semana e levam seus filhos para barzinhos, que hoje descobriram que é um excelente atrativo àqueles parquinhos dentro do seu espaço, nada contra. É bom também. Apenas se dêem conta de que isso não é passar o final de semana com seus filhos, eles estão brincando e você curtindo sua cerveja ou outra coisa qualquer na mesa. Acompanhar e ficar com seus filhos e participar do mundo dele, é sair do seu mundo e fantasiar num reino onde tudo é possível! Ler um livro ao final do dia, ver um filme juntos curtindo uma pipoquinha com guaraná, jogar Bakugan! Ou simplesmente deitar no colo dele e deixar que seu filho lhe acaricie. Se entregue, deixe sua criança pura despertar, vai ser mágico!

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Obrigado pela participação. É isso que engrandece os pequenos gestos.