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sábado, 23 de outubro de 2010

AUDIÇÃO Nº 5 - JOHNNY ALF

O PAI DA BOSSA

Era dono de um estilo próprio e fã de Frank Sinatra, George Gerswhin e Cole Porter. Mas provavelmente Nat King Cole tenha sido a sua grande influencia por terem estilos parecidos no comportamento tímido e na voz suave, com melodias elaboradas.

Viveu a música aos 9 anos e aos 14 já era profissional do piano. Aos 23 anos, Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade do radialista César de Alencar. Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza.

Passou meados da década de 50 tocando no chamado Beco das Garrafas, uma rua em Copacabana cheia de bares e clubes noturnos. Seus fãs mais jovens entravam nesses bares para ouvi-lo tocar e estudar sua técnica e estilo cheio de improvisação.

“Sempre toquei no meu estilo próprio”, disse Alf numa entrevista no ano passado para o jornal Folha de S. Paulo. “Tive a ideia de misturar a música brasileira com o jazz. Tento misturar tudo para atingir um resultado agradável.”

Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), consideradas a melodia e a harmonia, como revolucionárias e precursoras da bossa nova.

Alfredo José da Silva, mudou o nome para Johnny Alf por sugestão de uma amiga, morreu em 4 de março em Santo André, no ABC paulista. Ele tinha 80 anos e morava em São Paulo. O escritor Ruy Castro, autor de vários livros de referência sobre a música popular brasileira, chamou-o de “o verdadeiro pai da bossa nova”

A causa da morte foi um câncer na próstata, disse seu agente, Nelson Valência.

Um comentário:

  1. Vou manter minha posição: faltou mais atenção da parte da leitora que te fala. Bom texto e mais uma música daquelas lindas.

    Kalyne

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Obrigado pela participação. É isso que engrandece os pequenos gestos.