O PAI DA BOSSA
Era dono de um estilo próprio e fã de Frank Sinatra, George Gerswhin e Cole Porter. Mas provavelmente Nat King Cole tenha sido a sua grande influencia por terem estilos parecidos no comportamento tímido e na voz suave, com melodias elaboradas.
Viveu a música aos 9 anos e aos 14 já era profissional do piano. Aos 23 anos, Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade do radialista César de Alencar. Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza.
Passou meados da década de 50 tocando no chamado Beco das Garrafas, uma rua em Copacabana cheia de bares e clubes noturnos. Seus fãs mais jovens entravam nesses bares para ouvi-lo tocar e estudar sua técnica e estilo cheio de improvisação.
“Sempre toquei no meu estilo próprio”, disse Alf numa entrevista no ano passado para o jornal Folha de S. Paulo. “Tive a ideia de misturar a música brasileira com o jazz. Tento misturar tudo para atingir um resultado agradável.”
Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), consideradas a melodia e a harmonia, como revolucionárias e precursoras da bossa nova.
Alfredo José da Silva, mudou o nome para Johnny Alf por sugestão de uma amiga, morreu em 4 de março em Santo André, no ABC paulista. Ele tinha 80 anos e morava em São Paulo. O escritor Ruy Castro, autor de vários livros de referência sobre a música popular brasileira, chamou-o de “o verdadeiro pai da bossa nova”
A causa da morte foi um câncer na próstata, disse seu agente, Nelson Valência.
Vou manter minha posição: faltou mais atenção da parte da leitora que te fala. Bom texto e mais uma música daquelas lindas.
ResponderExcluirKalyne