ENSAIO Nº 1
Segundo a Guide Larousse - France: "Terroir (terroar) é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê."
Me atrevo a dizer que o frevo é como o vinho, tem terroir. E tem mais, tem pedigree.
Concebido no micro-clima do solo da cidade mais multicultural do nordeste, e, do Brasil, no Recife no fim do século XIX, o frevo é uma dança, uma música, um ritmo e uma paixão.
Há muita gente que não gosta do frevo. Não pelo ritmo, não pela poesia, muito menos pelo estado de espírito que se instala na pessoa quando ouve um frevo rasgado, suado e a todo vapor...
Talvez o vigor do frevo, ou a identidade do povo que o aclama como sua ária, sua valsa, sua marcha, ou talvez suas lutas, suas dores, suas conquistas, seus desamores. Vai saber!
Mas tudo isso é cantado em versos no frevo. Me pergunto como se consegue transformar tanta dor em alegria? Tanta desilusão em paixão? Não sei. Sei que o Poeta de todas as paixões é Capiba. E a ele já dediquei um outro post.
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