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segunda-feira, 13 de julho de 2009

COPIDESCAR

Eu não costumo copidescar. Isso eu não faço. Acho chato. Bom mesmo é chegar, fazer e deixar lá. Ahhh! Mas tem aqueles que logo avaliam se o conteúdo está sendo bem disposto, aplicando requintadas técnicas de avaliação, em defesa da qualidade, e da conservação das origens gramaticais e sintáticas. Tento escrever para eles também. Não nego.

Copidescar é o ato de corrigir textos para publicação. Existe até um profissional para isso, chama-se copidesque. Não sei como é assinada a carteira de trabalho dele. Copidesque? Copidescopista? Corretor de textos não seria. Porque dá a idéia de alguém que vende textos, ou seria um profissional em extinção por conta do editor eletrônico de textos, que por sinal eu não gosto muito.

Quando eu abro um editor muito moderno o cursor fica lá piscando, piscando... Não consigo escrever nada porque me distraio com a imensidão de ferramentas dispostas ali para quem não sabe o que dizer. Mas quando abro um editor simples como o Bloco de Notas, o texto surge do nada. Quer dizer, surge detrás do cursor. Pela minha experiência, descobri que o texto fica escondido ali atrás do tracinho preto que fica piscando, pulsando, continuamente.

Quem costuma copidescar mesmo é o Ariano Suassuna. Este sim descreve seu método como se fosse um ato simples: primeiro escreve no papel, depois datilografa o texto, depois transcreve para o papel com as devidas correções e só depois torna a datilografar o que virá a ser o original.

Eu já não sei fazer isso. Sou muito preguiçoso. Deixo tudo por conta do cursor. Vai ver que é por isso que não habito entre os imortais. Método simples, texto simples.

2 comentários:

  1. Bem vindo ao mundo da preguiça... rs este Suassuna é mesmo um esforçado, hein?
    beijos e ótimo post
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  2. Eu acho q essa sua segurança tem propriedade. Diante dos absurdos linguisticos q vemos por aí, a despeito de todos os recursos tecnológicos, estamos salvos de indiciamento nos assassinatos diários a lingua portuguesa! rsrsrs.

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