Páginas

Translate

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Outono em Olinda

Matizes. É assim que, no oráculo (dicionário para quem escreve), chamam as tonalidades de cor. A Natureza se enche de melancólica beleza para que os matizes do outono evoquem, principalmente nas almas, momentos de reflexão, paz e poesia. As cores transmudam, porque tudo é transitório neste mundo.

Dilatam-se os horizontes da esperança, que suscitam temperança, fé e alegria por todos os lugares em que se encontra o ser em experiências evolutivas concretas. E a profundidade que há na alma humana é expressa através dos sentimentos mais nobres como o amor à família, a compaixão, o perdão...

Vez por outra, contracenando com a beleza da paisagem local, existe um ar misterioso que percorre cada ladeira e dobra em cada esquina e se esvai quando bate no rosto e leva da gente a certeza de que existe algum derrotista no caminho. Desses que conseguem ver arco-íris em preto-e-branco.

Persistindo, encontra-se mais adiante tamanha luz que o mais cego dos cegos percebe sua presença através dos sons, dos movimentos, dos odores e do calor que brota dos paralelepípedos, atravessam o corpo e retornam ao espaço numa harmonia infinita.

Numa calçada qualquer em frente a um sobrado. Uma fotografia para registrar uma passagem ali. E numa pausa para o descanso, logo a reflexão nos indica que o tempo propicia mudanças. Um sorriso de criança corta os pensamentos e desperta-nos para uma outra alegria, a do porvir.

Morena na janela, tapioca no tabuleiro, artesanato nas ruas, igrejas e seus badalos evocativos, pombas, tambores, gente, suor, aromas, flores... tons! Encontra-se ali o infinito. Onde as paralelas se cruzam, quase que imperceptíveis. E a gente de tanto sentir isso presente vai fazendo História.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela participação. É isso que engrandece os pequenos gestos.