Era perfeita como uma atriz indicada ao Leão de Ouro. Minuciosos detalhes para encobrir o mais recôndito dos seus segredos.
Deitava como uma mulher qualquer. Mas ao acender o cigarro o seu olhar profundo denunciava um confronto direto com o passado.
Eu mal a conhecia. Dormíamos na mesma cama mas não nos mesmos sonhos.
Um dia ela acordou. Acordou, pegou as roupas e encheu duas sacolas plásticas e foi embora.
Não havia parágrafos estruturados com ela. Simples.
Ela não sabia fingir sua mágoas. Chorava, no chuveiro sozinha, desde o útero até as lágrimas, sem que nada a acalentasse. Sem que nada dissesse.
Um enorme vazio.
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Obrigado pela participação. É isso que engrandece os pequenos gestos.