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terça-feira, 20 de abril de 2010

CINEMA, PIPOCA E GUARANÁ...

"Um programa bem casal, tipo... ver artes, por exemplo", ela me disse.

Eu pensei em cineminha, pipoca, guaraná e M&M´s. Coisas normais. Para casais normais. Topei com um trauma, um conflito pessoal uma fobia: Araquibutirofobia*

Calma, lá! Se você não é hipocondríaco(a), certamente não vai manifestar os sintomas. Mas se você manifesta, silenciosamente, a crença infundada de se padecer de uma doença grave, talvez seja melhor parar com esse texto aqui.

Primeiro, tentar compreender qual a resistência dela ao cinema: ambiente fechado? Não. Escuro? Não. Ácaros? Não tenho alergias, me disse sorrindo. Pessoas estranhas? Sou bastante sociável. É, eu já tinha percebido isso. Cinema te faz dormir? Tenho uma TV de 52" no meu quarto, certamente assisto a muito filmes.

Quando pensei em desistir, ela sorriu e me disse que o problema era a pipoca. Como assim? Pipoca?! É que morro de medo que ela cole no céu da boca, ou na gengiva. Não suporto, transpiro, fico trêmula... Morro de medo, pronto!

Isso destruiu a minha convicção que cinema também é pipoca e guaraná. O que me fez ser mais crítico quanto ao tipo de filme que me disponho a assistir. Ela? Continua adquirindo outras fobias. Eu decidi viver...









*Araquibutirofobia: aversão mórbida irracional, desproporcional persistente e repugnante a que se incrustem na gengiva ou no palato a pele que envolve o amendoim, pipoca ou outro componente que adere ao palato como doces compactos etc.

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