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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

LOVELEAKS I



... "afinal de contas nem sei quem vc é nem o que pensas, mas te adoro assim mesmo".

Não pode ser assim. Um relacionamento firme é feito com um conhecimento prévio dentro do que percebemos das pessoas. Não é possível fingir por tempo indeterminado, nem viver tranquilo se não confiamos (confiança como forma de não ter de se preocupar em vigiar).

Mas "a vigilância é o preço da eterna liberdade". Por isso, de tempos em tempos, é bom rever as diretrizes.

Bom, sabe de uma coisa que pra mim contém uma simbologia muito forte? Um farol. Tanto que pretendo um dia tatuá-lo em algum lugar de meu corpo. Talvez cobrindo minha cicatriz, se não trouxer problemas.

Sempre gostei do farol, porque ele representa o guia para os navegadores incautos. "Navegar é preciso, viver não é preciso", dizia o pórtico na Escola de Sagres, mas sua origem é ainda mais remota: "Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, in Vida de Pompeu.

Viver não é preciso, não quer dizer que a vida não é necessária e sim que a vida não tem precisão. Ou seja, se aventurar no mar precisa de muita estratégia, cálculo, margem de segurança, planos e metas. Já viver, viver não precisa disso tudo. Tudo isso pode ser simplesmente negligenciado e ainda sim, se vive.

Não se atire ao mar, por se sentir encantada por ele. Seja precisa. Admiro muito mulheres conscientes e inteligentes. Conscientes porque dão passos precisos. Inteligentes porque para mim inteligência é afrodisíaco.

Um farol orienta os navegadores perdidos no mar, indicando-lhes onde há terra firme. E assim podem estes aportar tranquilamente depois da tormenta. Mas um farol não tem luz própria, e fica ali, paradão.

Mas enquanto vamos nos conhecendo... apertando uns laços e afrouxando outros... saibamos que melhor que chegar ao destino... é viajar.

beijos menina!

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