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segunda-feira, 27 de julho de 2009

O MUNDO É PLANO

A afirmativa estava recentemente no MSN de um amigo, o Fabiano Santos.

Parei um pouco para fazer analogias sobre a afirmativa. Encontrei a certeza de que com metas claras e possíveis, todo planejamento tende ao sucesso.

A foto acima encerra uma meta. A de pisar em todos os Estados do Nordeste do Brasil, a saber: Timon (antiga Flores) é um município brasileiro do estado do Maranhão, sendo seu terceiro maior município em população e eleitores, e o quarto em economia. Está conurbado a capital do estado vizinho, Teresina, no qual faz parte da Grande Teresina.

Raul Santos Seixas também disse que "basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo".

Eu sacodi meus planos. Colhi pedras no caminho.

E vou continuar...

Caminhando...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Na estrada...

Estou colhendo mais material para este blog. Hoje em Teresina. Amanhã se tudo der certo irei a Timon - Maranhão. E assim terei pisado em todos os Estados do Nordeste do Brasil.

Ooooooooooooobrigado meu Deus!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Feiras livres

Feiras livres *

Gosto de feiras livres e mercados públicos. Um dia já tiveram seu ar de bolsa de valores. Sabe, quando tudo o que gira ali representa a economia? Pois, então! É assim mesmo que os vejo. Todo mundo ali debate sobre a situação do governo, sobre a vida e os acontecimentos mais marcantes, uns gastando e outros ganhando dinheiro... É o berço ignorado da ciência da economia e da política.

Conta-se que o Dr. Miguel Arraes, ex-governador, costumeiramente passeava entre as feiras do interior do Estado de Pernambuco para promover sua imagem. A técnica era simples. Num sábado qualquer – creio que todo leitor saiba como é feira de interior aos sábados – e o mais cedo possível, seu motorista parava em um lado da feira, o ex-governador descia do automóvel, e seguia pela rua da feira, acompanhado de no máximo dois seguranças. Era uma aparição andando entre os populares. A admiração é automática e geral. Um homem como os outros. Aperta mãos, toma um cafezinho, e segue tranqüilo até o fim da rua onde lhe espera o automóvel. Entra no carro e segue para a próxima cidade, repetindo o processo. E assim mantinha o encanto do velho “dotô Migué Arrai”, como ainda hoje é popularmente chamado. Muitos outros políticos não possuem o mesmo carisma. Embora tentem.

Passado o encanto, fica a feira. A vida comum de gente que desce dos sítios mais distantes para fazer compras. Um taco de fumo. Um “tubo” de aguardente. Tecido florido. CD de novela. Refrigerante. Cabo pra enxada. Anzol. Telefone celular, carne, botina, carteira, bombons... entre tantas outras necessidades. No fim do dia, sobem em uma caminhonete e seguem para suas casas. Alguns a comentar os preços, outros a sonhar com uma TV daquelas da vitrine. E outros empolgados com a visão do “Ôme”.

Em feiras livres urbanas tudo remete as lembranças da infância no interior, onde se via toda essa gente. Em mercados públicos, prevalece o cheiro das frutas e verduras, cheiro de corda de sisal, de fumo de rolo, de carne de porco, de peixe tratado, de pena de galinha, e de artefatos de couro, vassouras, defumadores, chás, cachaça... Tudo isso, sem falar nas cores e nos sons. Gente gritando, o verde do pimentão refletindo a luz do sol numa gota d’água, o perfume do caju, abelhas voando sobre a melancia exposta. E toda a gente anônima fazendo o seu papel no palco da vida.

Distante dali estão os supermercados modernos. Verdadeiros centros de compras. Onde gente comum só inicia diálogo quando a fila empaca porque a menina do caixa precisou trocar o rolinho de papel na máquina registradora, ou alguém travou a senha do cartão. Os anônimos deixam de existir para se tornarem consumidores atuantes.

Ali só reclamam a presença do Gerente. Alguém apenas orientado a corrigir erros se encontrados dentro do plano de ação da empresa. Esses desconhecem o bom-senso, pois seguem ordens e metas. Lá na feira tudo é mais simples. O feirante só põe a culpa no atravessador. O resto é o famoso jogo de cintura do brasileiro. Ninguém sai perdendo.

Em todo lugar existem vantagens e desvantagens. É só uma questão de escolha, assim como tudo na vida. E na feira mais que em qualquer outro lugar, você descobre isso logo cedo. Afinal, as cidades cresceram através dos tempos em torno de pão, trabalho e chumbo, tudo isso você ainda encontra em uma feira.


* Como só agora resolvi publicar esta, tive de passar alguns verbos para o passado. Dr. Miguel Arraes faleceu no Recife, 13 de agosto de 2005.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Além do horizonte


Hoje saindo de casa para o trabalho vi essa imagem e resolvi parar e registrá-la.

Me senti o duende que toma conta do tesouro no fim do arco-íris, porque a empresa em que trabalho fica naquelas imediações.

Vista a partir da Praça dos Milagres, Olinda - Pernambuco.

Conheci a Secretária de Cultura de Olinda, na Terça do Vinil na Bodega de Véio. Qualquer dia desses vou sugerir a ela para fazer nessa praça um Festival Literário de Olinda.

Seja Bom! (a menininha ensinou ao E.T.) Um ótimo dia a todos e sigamos com fé, porque hoje eu só quero que dia termine, bem.

terça-feira, 14 de julho de 2009

sobre a Pixação

Os muros são as páginas da autobiografia de uma cidade, que muitos insistem em não ler.

A ÚLTIMA PALAVRA EM PODER

"Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é o de sermos poderosos além da medida.

É a nossa luz, e não a nossa escuridão o que mais apavora. Perguntamos a nós mesmos: Quem sou eu para ser brilhante, interessante, talentoso e fabuloso? Na realidade, quem é você para não ser? Você é um filho de Deus.

Bancar o pequeno não serve ao mundo. Nada nos esclarece no sentido de nos diminuirmos, para que outras pessoas se sintam seguras em torno de nós.

Nascemos para tornar manifesta a glória de Deus que está dentro de nós. Ele não está em alguns de nós; está em todos nós. E quando deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos a outras pessoas permissão para fazer o mesmo.

Quando nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente liberta os outros.
"

Nélson Mandela
Discurso de Abertura, 1995.

A alma da Malandragem

Recebi um flyer de alguma igreja evangélica quando atravessava a ponte da Boa Vista, no centro do Recife e respeitosamente li e guardei. Nele dizia "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará". Alguns metros dali ouvi a intrepretação de Cássia Eller de, uma música do Cazuza e Frejat, Malandragem, e cantarolei mentalmente: "Eu só peço a Deus um pouco de malandragem, pois sou criança e não conheço a verdade..."

Impossível não associar uma informação a outra.

Se peço a Deus malandragem para conhecer a verdade, logo a malandragem nos liberta. Não somos livres apesar de toda essa nossa interação com o meio. Afinal, na mesma música diz que:

Eu ando nas ruas (liberdade de ir e vir)
Eu troco um cheque (liberdade financeira)
Mudo uma planta de lugar (liberdade em tomar decisões)
Dirijo meu carro (liberdade de mobilidade)
Tomo o meu pileque (liberdade sobre o corpo)
E ainda tenho tempo
Prá cantar... (liberdade de espírito)

Mas mesmo assim se faz necessário um pouco de malandragem, porque isso tudo não é suficiente. Logo, não somos livres.

Existe uma axioma na malandragem: Malandro é malandro, e mané é mané. Sábias palavras de seu principal filósofo - Bezerra da Silva. Malandro por natureza, nascido no Recife (saiu de Casa Amarela, o maior bairro do Recife, para conquistar o universo malandro no Rio de Janeiro). Conhecia a alma da malandragem como ninguém.

Só outro filósofo conseguiu isso. E é carioca. Chico Buarque de Hollanda, que fez a Ópera do Malandro.

Mas quem conhecia a alma da Cássia Eller era o Nando Reis.

Cássia já se foi.
Bezerra já se foi.

Ficaram o Nando e o Chico.

Bem que poderia surgir aí uma parceria.

Que acham?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

COPIDESCAR

Eu não costumo copidescar. Isso eu não faço. Acho chato. Bom mesmo é chegar, fazer e deixar lá. Ahhh! Mas tem aqueles que logo avaliam se o conteúdo está sendo bem disposto, aplicando requintadas técnicas de avaliação, em defesa da qualidade, e da conservação das origens gramaticais e sintáticas. Tento escrever para eles também. Não nego.

Copidescar é o ato de corrigir textos para publicação. Existe até um profissional para isso, chama-se copidesque. Não sei como é assinada a carteira de trabalho dele. Copidesque? Copidescopista? Corretor de textos não seria. Porque dá a idéia de alguém que vende textos, ou seria um profissional em extinção por conta do editor eletrônico de textos, que por sinal eu não gosto muito.

Quando eu abro um editor muito moderno o cursor fica lá piscando, piscando... Não consigo escrever nada porque me distraio com a imensidão de ferramentas dispostas ali para quem não sabe o que dizer. Mas quando abro um editor simples como o Bloco de Notas, o texto surge do nada. Quer dizer, surge detrás do cursor. Pela minha experiência, descobri que o texto fica escondido ali atrás do tracinho preto que fica piscando, pulsando, continuamente.

Quem costuma copidescar mesmo é o Ariano Suassuna. Este sim descreve seu método como se fosse um ato simples: primeiro escreve no papel, depois datilografa o texto, depois transcreve para o papel com as devidas correções e só depois torna a datilografar o que virá a ser o original.

Eu já não sei fazer isso. Sou muito preguiçoso. Deixo tudo por conta do cursor. Vai ver que é por isso que não habito entre os imortais. Método simples, texto simples.